Olá, amigos! Eu sou um cavalo. Todos gozam comigo por ter uma pata defeituosa. Sou alto e não sou gordo nem magro. Não gosto de falar de pensamentos e sou tímido.
Quando entrei para o segundo ciclo, o meu pai e a minha mãe ofereceram-me três ferraduras. Certo dia, quando ia a sair de casa, e estando eu a usar as minhas ferraduras novas, passou uma égua que, quando me virei, me deixou de boca aberta. Fui até à beira dela e perguntei-lhe:
– Como te chamas?
– Olá! Eu sou a Égua, e tu?
– Eu... eu sou o cavalo manco.
– Olha que nome tão engraçado!
A égua falava um pouco de tudo. E eu, já a ficar pálido, pedi-a em namoro. Ela respondeu que sim. Fizeram uma festa enorme cá na aldeia, para celebrar o início do nosso namoro. Mas o ex-namorado da égua, quando ouviu os foguetes, foi ver ao calendário e viu que não havia nenhuma festa.
A única prevista já tinha sido há dois meses atrás.
Esse cavalo ficou muito ciumento e, para se vingar, desafiou-me para uma luta, tudo por causa da bela Égua.
Não foi nada fácil, mas, com muito trabalho, acabei por ganhar.
Amiguinhos, em Portugal e noutros países, de norte a sul, vou dar-vos um conselho: quando gostam de alguém, nem é tarde nem é cedo para o dizer.
João Paulo, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)