Palavras com Sabor

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A terceira guerra mundial do reino animal

Num dia quente e soalheiro, ia o leão, rei da selva, cheio de pompa e circunstância, passeando na selva quando..., de repente, ouviu duas vozes, uma mais forte e outra mais aguda, a discutir. O vozeirão berrava a plenos pulmões:
– Cala-te Nigil! Não sabes o que dizes, temos de destronar aquele cão com juba.
A outra voz replicou:
– Mas, Rioga, não o podemos fazer… Se fôssemos apanhados ficaríamos nas masmorras até ao resto das nossas vidas.
O Rei estava preocupado com tudo aquilo que ouvia, diria mesmo um pouco angustiado.
Entretanto entrou naquela conversa mais uma voz que parecia familiar ao rei.
– Calma! Se fizermos isto tudo como planeado, nada correrá mal – acalmou-os ele.
O rei, cada vez mais preocupado, rugiu de aflição. Ao ouvir isto, todos aqueles indivíduos saltaram de trás dos arbustos, prestes para o atacar. O rei conseguiu fugir, embora sentindo um ligeiro aperto no coração. Reparou então que Rioga fora, em tempos, o seu soldado mais fiel e aquela voz que ele bem conhecia era a do seu velho amigo Nemo. Estava desolado e ao mesmo tempo enraivecido. Correu o mais depressa possível para o castelo e, quando lá chegou, falou aos seus súbditos, que ficaram perplexos com tudo aquilo. Foi então que o rei lhes suplicou:
– Ajudai-me, preciso de ajuda, da vossa ajuda… Preciso de soldados de confiança. Vou desafiar o Rioga para combater comigo.
Dito isto, uma multidão de animais exclamou:
– Nós, majestade, nós combateremos por vós.
Depois de falar cara a cara com Rioga, o rei partiu para a guerra. Ao chegar ao campo de batalha, o rei reparou que o exército inimigo era composto apenas por macacos. Todos os animais lutaram com unhas e dentes, quer dizer, com garras e dentes. Mas no final só um lado ficou de pé, o do rei, que ficou feliz por não haver baixas no seu exército.
No final, o rei, feliz, percebeu que tinha um povo que o adorava.

Inês Malheiro, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

4 comentários:

  1. Parabéns Inês, adorei o teu texto.
    Ter amigos desleais é deveras doloroso...
    Ter amigos leais é definitivamente o mais importante...
    são lições de vida...
    continua a escrever, acho que tens jeito para a coisa... bjs Cristina Malheiro

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  2. Nota-se que és uma menina sensível e com princípios muito nobres! Deves ser uma verdadeira amiga do(a) amigo(a) o teu texto é espelho disso. Fizeste um bom trabalho. Parabéns! Quero ver mais!

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  3. MELOR CONTO DO MUNDO MELHOR AMIGA ADOOOOOOOREI...

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  4. concordo com todo.O texto esta fantastico e otimo tems jeito para a coisa continua davas uma excelente escritora e es uma excelente amiga

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