Cornualha, 22 de janeiro de 1019
Espero que estejas bem! Eu não estou, pois as saudades
que eu sinto por ti matam-me (não se nota por fora, mas por dentro estou a
morrer aos pedaços)...
Choro por ti todos os dias! Os teus olhos, os teus lábios,
o teu corpo parece que chamam por mim…
Quando estou no castelo, na Cornualha, olho para as
paredes brancas e relembro-me dos momentos em que podíamos estar e estivemos juntos.
Eu e o rei Marco ainda estamos unidos pelo matrimónio, mas eu choro todos os
dias, pois o meu coração é e será sempre teu.
Tu és a razão do meu levantar, mesmo que estejas longe
do meu olhar.
Tenho saudades do teu olhar matador.
Para demonstrar o meu amor, dedico-te um poema:
O meu coração
Suspira por ti, meu amor.
Quando, por vezes, não vens,
Ele salta com a dor!
E assim termina a minha carta, com um gesto amável
como tu! Sinto imensas saudades tuas, meu príncipe!
Amo-te infinitamente!
Isolda (Camila Neto)
Sem comentários:
Enviar um comentário