Cada vez que me
lembro, é como se me espetassem uma faca no meu coração já destruído, ao mesmo
tempo que as ondas explodem nas rochas, o vento gelado ruge com força e a minha
cabeça enlouquece com o ribombar de memórias que me doem cada vez mais.
Aguardo
pela bela sereia, sentado na praia, num dia negro, em que a minha vida já não
tem sentido, não sei se vale a pena aguentar a agonia… Este é o meu
sofrimento.
Agora, o mundo
escurece à minha volta, o mar bombeia contra as rochas, o vento frio bufa, e eu
só quero ver a minha amiga mais uma vez nesta infeliz praia.
Emanuel
Vasconcelos, 6.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]
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