Eles entraram. Sem mais nem menos, dentro da casa, os meninos ouviram um som que lhes pareceu um grito.
– Que grito foi este? – perguntou a Maria.
– Não sei! Vamos ver! – sugeriu o Joaquim.
– Ver, ver, ver… como ver?! – disse a Maria apavorada.
– Vamos ver quem é! – insistiu o Joaquim.
Subiram as escadas velhas e foram ver lá em cima o que era. Qual não foi o seu espanto, quando viram uma sombra suspeita e foram atrás dela. Desataram a correr e… Catrapum! Caíram num buraco mesmo no chão da casa.
– O que aconteceu? – questionou a Maria assustada.
– Caímos! Olha um portão! Vamos entrar!
As duas crianças entraram. Havia um túnel e eles percorreram-no. Viram uma coisa ao longe e aproximaram-se! Espantaram-se, porque viram um baú!
– Será o baú do tesouro? – perguntou a Maria entusiasmada.
– Vamos abrir e ver o que tem dentro – propôs o Joaquim.
Abriram-no. Era o tesouro, mas um tesouro especial: muitos pares de sapatos e algumas peças de roupa. Não era bem o que estavam à espera, mas não se importaram. Ficaram tão felizes por terem encontrado o tesouro que se esqueceram da sombra e do grito.
Sabem, o grito era a chuva a cair em cima do baú do tesouro e a sombra era a luz que entrava pelo buraco e que desaparecia sempre que as nuvens tapavam a lua. E aquela foi a melhor aventura que eles viveram em toda as suas vidas.
Foram então para casa, contar a aventura aos seus pais. Como estavam tão felizes nem ouviram o que os pais lhes disseram.
Inês Lomba, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir de um excerto da obra O Sol e o Menino dos Pés Frios, de Matilde Rosa Araújo]
está fixe
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