Inês Lomba (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]
domingo, 16 de junho de 2013
Mais um dia de tristeza do pescador
Como era costume, o pescador foi à praia, à procura da sereia, mas
aquele lugar encontrava-se inundado de tristeza. O sol brilhante que lhe batia
na cara já não lhe fazia sentido, porque fazia refletir cada gota de tristeza
que lhe escorria pela cara, e as lágrimas eram tantas que a areia ficava
molhada. O mar, para ele, já não valia nada sem a sereia. O mar ficava cinzento
no seu coração, já não trazia aquela espuma misteriosa que ele pensava vir do
horizonte. Tudo o fazia lembrar-se da belíssima sereia do seu coração. Tudo o
que compunha aquele cenário magnífico, o mar, as algas verdes que em tempos
foram macias, o glu-glu dos peixes laranjas, o farol tão divertido, com as suas
luzinhas reluzentes, tudo entristecia com tanta amargura. As rochas, que
deixaram de ser cinzentas e passaram a ser brancas, brancas como a cor das
lágrimas pintadas, o cheiro salgado a maresia, as explosões das ondas ao
baterem nas rochas da praia, a brisa a correr-lhe pelo corpo, já nada o fazia
rir como no dia em que ele encontrou a lindíssima sereia pela primeira vez.
A desilusão
O pescador
continuava com a sua esperança a saltar como o sangue nas veias. Cada vez que
ele ia à praia, o céu escurecia, o mar abrandava, as algas choravam e a areia,
ah, a areia mexia como cereal em tempo de colheita… A sua tristeza era tanta
que tudo ao seu redor esmorecia.
Ele era capaz de ficar dia e noite na praia, só para ver a alegria dos seus dias regressar.
Cada vez que via algo de diferente no mar, levantava-se logo para ver se era a sereia, mas invariavelmente eram só monótonos barcos que cruzavam a linha do horizonte. A tristeza, o arrependimento, a desilusão inundavam-lhe os pensamentos enquanto estava sentado na areia escura da praia!
A solidão conseguiu apoderar-se dele, e, ao final de três anos, acabou por falecer na monotonia do tempo…
Camila Neto (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]
Ele era capaz de ficar dia e noite na praia, só para ver a alegria dos seus dias regressar.
Cada vez que via algo de diferente no mar, levantava-se logo para ver se era a sereia, mas invariavelmente eram só monótonos barcos que cruzavam a linha do horizonte. A tristeza, o arrependimento, a desilusão inundavam-lhe os pensamentos enquanto estava sentado na areia escura da praia!
A solidão conseguiu apoderar-se dele, e, ao final de três anos, acabou por falecer na monotonia do tempo…
Camila Neto (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]
A saudade do pescador
O
pescador estava sentado na areia, ao lado da rocha onde
há anos atrás ele tinha encontrado a bela sereia, mais bela do que as estrelas,
e onde agora estava a estátua para a homenagear. O sentimento de saudade
inundava o coração do pescador, que olhava para o mar profundo, que parecia não
ter fim, à espera de que a sereia aparecesse. Enquanto olhava para a areia fina
que refletia a luz do sol, o vento batia-lhe nas costas. Ao fundo, ele avistava
uma pedra de um preto muito, muito escuro… e enquanto imaginava a sereia lá
sentada, questionava-se por que a deixara partir, ficando ali sentado, durante
horas e horas, a imaginá-la ao seu lado.
Inês
Gomes (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Na esperança de que volte
Certo dia, como era hábito, o pescador foi à
praia, na esperança de que a sereia voltasse. A dada altura, começou a reparar
na enorme beleza que o rodeava.
A areia, que era fina e reluzente como as escamas da sereia.
O mar, que com as ondas lhe trazia saudades do dia em que conhecera a sereia.
O vento, que consigo levava memórias de outrora.
Chegou ao fim o dia e o pescador voltou para o conforto do seu lar, perto dos seus irmãos, com mais angústia que no dia anterior.
A areia, que era fina e reluzente como as escamas da sereia.
O mar, que com as ondas lhe trazia saudades do dia em que conhecera a sereia.
O vento, que consigo levava memórias de outrora.
Chegou ao fim o dia e o pescador voltou para o conforto do seu lar, perto dos seus irmãos, com mais angústia que no dia anterior.
Oriana, 6.º A (E.B. de
Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Mais um dia infeliz
Mais um dia na praia
onde conheci a sereia, à espera de que ela volte, mas cada vez perco mais a
esperança… Sentado na areia áspera, olho para a rocha sobre o escuro e triste
mar, que me recorda do dia em que a conheci.
Cada vez que me
lembro, é como se me espetassem uma faca no meu coração já destruído, ao mesmo
tempo que as ondas explodem nas rochas, o vento gelado ruge com força e a minha
cabeça enlouquece com o ribombar de memórias que me doem cada vez mais.
Aguardo
pela bela sereia, sentado na praia, num dia negro, em que a minha vida já não
tem sentido, não sei se vale a pena aguentar a agonia… Este é o meu
sofrimento.
Agora, o mundo
escurece à minha volta, o mar bombeia contra as rochas, o vento frio bufa, e eu
só quero ver a minha amiga mais uma vez nesta infeliz praia.
Emanuel
Vasconcelos, 6.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]
terça-feira, 21 de maio de 2013
Um lugar para sempre
O pescador estava sentado numa rocha dura e espessa. Estava
imenso vento, mas não conseguia levar a tristeza do pescador, que era profunda.
O mar tentava animá-lo, atirando-lhe os salpicos das ondas à cara, mas a sua tristeza era mais poderosa do que toda a alegria que o mar conseguia transmitir. O céu era de um azul intenso e as várias formas das nuvens faziam-no lembrar-se da sua bela sereia, o que o deixava ainda mais triste.
O pescador, ao levantar-se para se ir embora, afundou os pés na areia, que estava coberta pelo mar. Parecia que aquele lugar não queria que ele partisse…
O mar tentava animá-lo, atirando-lhe os salpicos das ondas à cara, mas a sua tristeza era mais poderosa do que toda a alegria que o mar conseguia transmitir. O céu era de um azul intenso e as várias formas das nuvens faziam-no lembrar-se da sua bela sereia, o que o deixava ainda mais triste.
O pescador, ao levantar-se para se ir embora, afundou os pés na areia, que estava coberta pelo mar. Parecia que aquele lugar não queria que ele partisse…
Mariana, 6.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]
Um dia de desilusão
Num dia de tempestade, o pescador
foi para a praia, desesperado, esperando por um sinal da sereia que lhe tinha
roubado o coração.
A areia estava molhada, o que despertou no pescador a lembrança da textura da cauda da sereia, o mar encontrava-se bravo, tal como no dia em que ele a descobrira, e o vento soprava forte. À sua direita, um caranguejo-eremita escondia-se na sua própria carapaça. À sua esquerda, uma rocha cinzenta, como as nuvens daquele dia, cheia de mexilhões, que se parecia com um peixe. Sem sinal da sereia, o pescador regressou para casa, destroçado com o que lhe acontecera outra vez.
A areia estava molhada, o que despertou no pescador a lembrança da textura da cauda da sereia, o mar encontrava-se bravo, tal como no dia em que ele a descobrira, e o vento soprava forte. À sua direita, um caranguejo-eremita escondia-se na sua própria carapaça. À sua esquerda, uma rocha cinzenta, como as nuvens daquele dia, cheia de mexilhões, que se parecia com um peixe. Sem sinal da sereia, o pescador regressou para casa, destroçado com o que lhe acontecera outra vez.
Gonçalo Coelho, 6.º A (E.B. de Vila Praia de
Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]
O pescador
Lá ia o pescador à praia para ver se a sereia voltava. Ele
esperava horas e horas para ver se ela aparecia, mas nada… Sentia que nunca
mais a iria ver. À sua volta existia areia, caranguejos, rochas e gaivotas. Ele
sentia-se sozinho sem a companhia da sereia; o mar até o fazia sentir bem, mas
quando olhava e não via a sua amada partia-se-lhe o coração. A areia fazia-o
lembrar-se de quando era pequeno e ia à praia com os seus pais. E o vento, ah,
o vento não o fazia sentir nada… Naquele momento, sentia apenas que a sua vida tinha
chegado ao fim!
Miguel, 6.º A
(E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]
A tristeza do pescador
O pescador estava sentado numa rocha,
rodeado de areia fina e amarela, com muitas conchas partidas e pedras pequenas.
O som das ondas do mar a bater levemente na areia parecia que lhe queria dizer
alguma coisa. As ondas azuis e pequenas, com aquela espuma branca,
convidavam-no a ir dar um mergulho, mas ele não podia, pois estava à espera da
sereia. O pescador, triste por não estar com a linda sereia, parecia um
monstro, com os ombros em baixo e olhos inchados, sem força… nada o fazia ficar
alegre, a não ser a lindíssima sereia.
Se tivesse dado mais atenção à sereia
e não às riquezas que ela lhe trazia, talvez pudesse estar com ela, neste momento,
e não sozinho e triste…
Bárbara, 6.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Cornualha, 2 de janeiro 1204
Passou imenso tempo desde que nos
vimos pela última vez, e tu continuas a ser a única pessoa que faz bater o meu
coração de uma maneira especial, quando penso em ti…
As saudades que sinto por ti
desfazem o meu coração em mil pedaços. Vejo-te em todo o lado. Quando estou no
jardim, tu apareces para me resgatar desta prisão, mas rapidamente percebo que
tudo não passa de uma ilusão. Sinto-me como se o meu coração parasse e se
transformasse em cinzas.
Promete-me que voltarás o mais
rápido possível para me levar contigo, bem para longe, onde ninguém nos
encontre.
Um grande beijo da tua amada,
Isolda (Mariana)
P.S.: Amo-te muito!!!
Cornualha, 22 de janeiro de 1019
Espero que estejas bem! Eu não estou, pois as saudades
que eu sinto por ti matam-me (não se nota por fora, mas por dentro estou a
morrer aos pedaços)...
Choro por ti todos os dias! Os teus olhos, os teus lábios,
o teu corpo parece que chamam por mim…
Quando estou no castelo, na Cornualha, olho para as
paredes brancas e relembro-me dos momentos em que podíamos estar e estivemos juntos.
Eu e o rei Marco ainda estamos unidos pelo matrimónio, mas eu choro todos os
dias, pois o meu coração é e será sempre teu.
Tu és a razão do meu levantar, mesmo que estejas longe
do meu olhar.
Tenho saudades do teu olhar matador.
Para demonstrar o meu amor, dedico-te um poema:
O meu coração
Suspira por ti, meu amor.
Quando, por vezes, não vens,
Ele salta com a dor!
E assim termina a minha carta, com um gesto amável
como tu! Sinto imensas saudades tuas, meu príncipe!
Amo-te infinitamente!
Isolda (Camila Neto)
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Cornualha, 26 de
junho de 1108
Querido Tristão,
Neste momento estou na Cornualha, a pensar em ti. Escrevo-te para que saibas que eu não penso noutra coisa se não em ti. Desde que te vi que o meu coração se despenhou numa ravina. Quando fecho os olhos, penso no olhar que trocámos quando nos vimos pela primeira vez. Sinto-me bastante triste, por não estar deitada nos teus braços carinhosos, mas feliz por te ter conhecido.
Quero ver-te! Desejo-te com todo o meu coração. Nunca me esqueço de ti, porque tu és a luz do meu acordar e do meu viver, o sol que brilha no meu rosto…
Vem ter comigo, por favor! Estou a morrer de tristeza por não te ver…
Amo-te muito!!! Adeus, meu amor!
Da tua amada,
Isolda
(Inês Lomba)
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