– Quem és tu, pobre criatura? – perguntou o barco muito curioso.
– Sou uma lontra, chamo-me Miguel e ando à procura dos meus pais – respondeu a lontra tristemente.
– Bem, podes vir comigo. Talvez encontremos os teus pais pelo caminho – sugeriu o barco.
– Está bem – aceitou a lontra.
Pelo caminho foram-se conhecendo melhor. De repente as nuvens cinzentas taparam o sol, começou uma enorme tempestade e o mar ficou muito agitado.
Eles olharam para trás e viram um tsunami na sua direção. Quando o tsunami os engoliu eles desmaiaram.
No dia seguinte, de manhã, acordaram com o canto das gaivotas e o sol forte a bater-lhes na cara e assim continuaram o seu caminho até serem de novo surpreendidos por uma desagradável surpresa. Agora não foi uma tempestade, mas sim um tubarão. O tubarão nadava à volta deles. Mal o viram, pensaram em fugir, mas o tubarão não os largava. Logo a seguir apareceram os pais da sua amiga lontra que, quando os viram em perigo, chamaram reforços para apanharem o tubarão, e o tubarão fugiu com medo do enorme exército de lontras que ali se juntou.
O barco teve então de se despedir da sua amiga lontra, porque tinha de continuar o seu caminho à procura de terra.
– Adeus amigo, espero um dia voltar a ver-te – despediu-se o barco da lontra.
– Adeus – disse a lontra.
O barco seguiu em frente e, finalmente, um dia após a despedida, acabou por encontrar terra. Conheceu pessoas, fez novos amigos, arranjou uma casa, e até já tem um novo emprego.
Tiago Quintas, 5.º A (E.B. de Vila Praia
de Âncora)
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