Em todas as guerras ele montava o seu cavalo chamado Unicórnio. O Unicórnio era um cavalo com um chifre, que era falado nos livros da mitologia e que tinha o poder de proteger o homem contra o pior veneno. O meu herói adorava tanto, mas tanto montar nele que já nem se lembrava quantas vezes o fizera…
Um dia, Finoscórnio foi chamado para ir combater um grande monstro na Alemanha.
De pronto montou no seu unicórnio e, como sempre, dirigiu-se ao local da batalha. Demorou quatro semanas, mas, por fim, chegou ao seu destino.
Foi falar com o Chanceler, que era quem governava a Alemanha, e ele disse-lhe que lhe daria uma recompensa se Finoscórnio conseguisse derrotar o grande monstro que aterrorizava toda a Alemanha.
Quando Finoscórnio chegou ao lugar onde ia decorrer a grande batalha, ele viu que o monstro era diferente de todos aqueles que antes enfrentara. O monstro era feio e feroz, tinha um nariz maior que o chifre do Unicórnio, tinha uma boca igual à de uma formiga, uns olhos que pareciam de bruxa, uma verruga no seu gigantesco nariz e parecia estranhamente amaldiçoado.
Finoscórnio, quando viu tal monstro, pediu a Deus que o ajudasse naquela horrível e aterrorizante batalha. Para ele, aquela seria pior que a Batalha de Aljubarrota.
Então o meu herói preparou-se para a batalha: desembainhou a espada, colocou o seu capacete de ouro e foi em frente. Pela primeira vez o meu herói estava com um bocado de medo, mas não o queria admitir. Ao ver o monstro avançar na sua direção Finoscórnio cerrou os olhos e disse subitamente:
– Vais morrer!
Finoscórnio só dissera aquilo para se encorajar, como se se quisesse convencer de que iria mesmo matar aquela criatura, mas quando o monstro ouviu estas palavras ficou com tanto medo que fugiu a sete pés, sem dar luta, e nunca mais regressou àquele reino. Finoscórnio não percebeu muito bem o que acontecera, pois estava com os olhos fechados quando o monstro fugiu.
Dirigiu-se, então, ao Chanceler para pedir a prometida recompensa. A recompensa era um cavalo que pertencera a um valente homem que tinha vivido muitos séculos antes, o grande conquistador D. Pedro.
Finoscórnio recusou a oferta e disse que não queria nenhum cavalo a não ser o que ele já tinha.
Satisfeito pelo trabalho que realizara, voltou a sua casa, pensando em como era um verdadeiro herói, mesmo tendo tido medo do monstro. Mas isso era um pormenor que ninguém sabia…
Inês
Lomba, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)
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