– Estás bem?
– Mais ou menos. Na verdade, estou um bocado magoada. Eu estava a brincar com uma piranharanha quando raspei a minha cauda numa pedra e agora dói-me. Podes ajudar-me? –perguntou ela.
– Claro que sim! Vou só a minha casa buscar os “medicamentos” – respondi.
E lá fui eu à casa de banho buscar os “medicamentos” e pirei-me. Só que, quando voltei, estava lá uma rapariga, mais ou menos da minha idade, de cabelos loiros e uns olhos tão bonitos que me faziam lembrar o pôr-do-sol. Foi então que reparei que ela também estava magoada na perna, como a sereia.
– Sou eu aquela sereia que estava ali deitada – explicou ela. – Quando eu estou muito tempo fora de água sem me molhar transformo-me em humana.
– Aaah! Também tinha lido sobre isso nos livros, mas agora que reparo, até que és parecida com a sereia – disse-lhe eu.
Tratei-a com os “medicamentos” e quando acabei ela perguntou-me:
– Posso ficar em tua casa? É que agora eu não tenho para onde ir e também não sei das minhas amigas.
– Claro que podes! Anda, vamos. Vamos perguntar aos meus pais! – exclamei eu.
Mal cheguei a casa perguntei aos meus pais se ela podia ficar e é claro que eles responderam que sim.
Fiquei muito feliz por ter corrido o risco de ir ter com a Lúcia, a sereia. Fiquei com uma nova amiga e um novo membro na família. Até o Bobi, o nosso pequeno cachorro da família, gostou:
– Ão! Ão!
Mariana
Sousa, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)
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