Palavras com Sabor

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O texto da Camila

Certa vez, dia quentíssimo, mas estranho, fui para a praia correr. O ar estava tão quente que abafava e o céu nem sei se estava cinzento ou preto…
A areia estava preta, o mar escuro e as pedras brilhavam mais do que nunca. Não sabia porquê.
Ao correr vislumbrei uma espécie de peixe gigante, o que era muito estranho. Fui acelerando cada vez mais o passo para descobrir o que aquilo era.
Reparei que era uma espécie de sereia. Tinha cabelo azul-marinho como a água dos mares das ilhas tropicais, tinha olhos como o mar, tinha a cara pálida como as nuvens. Nunca tinha visto algo tão bonito.
Curiosa, interroguei-a:
– Quem és tu?
– Eu-eu-eu sou a Estrelícia! – gaguejou ela.
– Não tenhas medo. Eu não te magoo – disse-lhe eu para a tentar acalmar. – Mas como é que vieste aqui parar?
– Acho, acho… Acho que não me lembro!
– Mas não vinha ninguém contigo?
– Sim, aquele tubarão! – apontou ela para o fundo do mar.
Mal ela acabou de dizer isto já tínhamos o tubarão à nossa beira.
– Mas-mas-mas ele não mor-mor-de? – assustei-me eu.
– Não, ela é muito calma!
– Olá! Eu sou a Berlindes! – exclamou a Berlindes. – Ora foi assim. Nós queríamos vir aqui ver os humanos, mas ao virmos na corrente do mar fomos contra um barco. A Estrelícia quase se afogava, mas conseguiu aguentar-se! Mais à frente vislumbramos umas ondas pequenas, que na verdade eram gigantes!
– Podias passar à frente?
– Porquê?! – perguntou a Berlindes.
– Porque está a ser muito interessante… – respondi.
– A sério?
– Não, totó, se não eu não te pedia para passar à frente! – gozei eu com ela.
– Não sejas má. Onde é que eu ia? Ah, já sei. Viemos aqui parar por causa de uma onda gigante. É por isso que ela tem assim a cauda em mau estado.
– Então vamos a minha casa, que eu trato-te da cauda – afirmei.
– Ok! Mas há um probleminha!
– Qual é?
– É que se eu estiver muito tempo fora de água fico que nem um sushi.
– Não há problema. Eu tenho uma banheira e ponho-te lá dentro. Não podemos é levar o tubarão!
– Eu não me importo! ­ – disse a Berlindes.
Então fomos a correr para casa.
Quando chegámos a casa, pu-la logo na banheira. Ao pô-la na banheira perguntei-lhe:
– Enquanto eu te trato da cauda, será que me podes falar do fundo do mar?
– Mas é claro! Depois de tudo o que tu fizeste por mim, é o mínimo que posso fazer por ti – riu-se a Estrelícia. – Então vamos lá falar do mar. O mar é o sítio mais lindo que o Homem conhece. Não há poluição nenhuma. A areia é da cor do meu cabelo, as pedras são rosas e até as algas são amarelas! Existem variadíssimas espécies de peixes, plantas e até bebidas diferentes. Os peixes nunca estão zangados: os peixes-balões incham, mas não é por estarem chateados, e há peixes com caras tristes, mas não é por estarem tristes, mas sim porque as caras deles são assim. Lá no mar é tudo lindo!
– Já está tudo pronto. Estás como nova – avisei-a eu. – Quem me dera viver na tua terra, mas não posso, pois tenho cá os meus amigos e a minha família e nunca conseguiria respirar debaixo de água!
– Obrigada! Já agora no fundo do mar existe um cientista que está a criar uma fórmula para que os humanos consigam respirar debaixo de água. Quando o Buoris conseguir acabar essa experiência, eu trago-ta cá acima para a tomares e depois poderás ir ver o fundo do mar, como tu tão desejas.
­– Ok! Agora vou levar-te para a água.
Fomos a correr para a praia, onde o pai dela estava à sua espera para a levar.
– Obrigado por teres cuidado da minha filha!
– De nada! Foi um gosto curar sua filha, Tritão! – disse eu ao Rei dos Mares.
– Gostei muito de te conhecer, Estrelícia!
– E eu a ti!
Mal ela acaba de dizer isto, ela, o Tritão e a Berlindes mergulham e vão para casa.
– Acabei mesmo tudo a horas de ir para casa!
Depois deste dia cansativo, finalmente, fui para casa comer.

Camila Neto, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

3 comentários:

  1. camila ,camila sempre a deixar-me sem palavras.
    ainda nao acredito como reduziste bem o texto eu propria não conseguiriasou uma desorganizada.

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  2. Camila daqui fala o teu lubizomem preferido ou isso espero.
    continuas a deixarme de boca aberta e olha que a tenho bem grande .
    pergunto-me como é que reduziste tão bem este texto , sim porque eu sei que ele era maior.

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  3. adorei bbbbeeeeiiiiggggiiiinnnnhhhhoooossss querida..................




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