Palavras com Sabor

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A Casa Abandonada [da Inês Gomes]

Quando chegaram perto da casa, o Joaquim bateu à porta verificar se a casa estava deserta. Ninguém a abriu, por isso eles pensaram que a casa estava vazia e entraram. Parecia uma fábrica de doces: máquinas, máquinas e mais máquinas. Por fora uma casa de madeira normal, por dentro doces sem fim.
– Será que é este o tesouro, Joaquim? – perguntou a Maria.
– Não sei, não ouvi falar em doces, só em dinheiro, ouro, prata, brilhantes, safiras cor de mar e esmeraldas verdes como uma árvore jovem sobre a água… – respondeu o Joaquim.
Deram a volta à casa, mas não encontraram nada. Aquela casa parecia um labirinto.
– Vamos desistir, Joaquim. Vamos mas é comer estes doces todos – sugeriu a Maria.
– Não, nem pensar! Nunca! Jamais desistirei de procurar o tesouro. Os pais ficariam tão contentes – insistiu o Joaquim.
Então continuaram a procurar, até que…
– Encontrei! Encontrei! – gritou a Maria.
E o Joaquim foi ter com ela a correr. O tesouro estava dentro dos doces. Então a Maria e o Joaquim foram contar tudo aos pais, que foram lá e levaram o tesouro para casa. Assim, o Joaquim e a Maria ficaram ricos e contentes.

Inês Gomes, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

A casa abandonada [da Carolina]

Joaquim lembrou-se, em seguida, de um mapa que o tetravô lhe tinha deixado com a planta da casa. Só faltava o caminho. Maria foi ver à net e encontrou o que pretendia. Mal recolheram as informações todas, dirigiram-se para lá. Pelo caminho tremiam que nem varas verdes. Estava uma noite terrível, caía granizo do tamanho de almôndegas e as árvores, fustigadas pelo vento, deitavam-se sobre as estradas.
Quando chegaram à casa assombrada, o Joaquim, visivelmente aterrorizado, balbuciou:
– A casa é si-nis-nis-tra e mis-ter-ter-iosa…
Maria, mostrando-se valente, desdenhou do medo do irmão:
– És um medricas! Pareces uma galinha alvoroçada por uma raposa.
– Não go-zes-zes – pediu ele com ar sério.
– Mas já chega de tagarelar, vamos ao trabalho! – ripostou ela com o seu ar sensato.
A missão é descobrir o tesouro.
Maria e Joaquim entraram na casa o mais silenciosamente possível, sustiveram a respiração e caminharam em bicos de pés. Apercebendo-se de que a casa estava vazia, respiraram de alívio.
Maria, com o coração aos pulos, inicia a sua missão, deliciada com o que via: pratas resplandecentes adornavam mobílias lindíssimas do século XV, ao fundo um toucador digno de uma princesa.
Maria detém-se a olhar fixamente nessa direção e sussurra para Joaquim:
– Joaquim, olha para cima do toucador.
Joaquim olha, olha, olha, e na sua ignorância desdenha:
– Maria, viemos à procura do tesouro, não de patetices de meninas. Escolhe outro dia para te maquilhares.
– Dizes bem, mas vou fazer-te uma simples pergunta. Como me vou maquilhar sem um espelho?
João olha espantado e curioso para o sítio onde deveria estar o espelho e, incrédulo, responde:
– Maria é um quadro, e deveria ser um espelho!
Os dois irmãos dirigiram-se na direção do quadro, explorando à sua volta e descobrindo que este tapava um pequeno cofre que continha uma caixinha cheia de reais (moedas medievais). Maria e Joaquim ficaram desiludidos com a sua descoberta, ignorando o seu valor. Zangados, atiraram as moedas ao lago. E, cabisbaixos, dirigiram-se para casa…

P.S.: Diz-se que o lago, em dias de sol, tem reflexos resplandecentes! O que será?
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Carolina Valentim, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Uma Borboleta

Era uma vez
Uma borboleta
Pequena.

Ela
Brincava!
E quando fazia asneiras,
A mãe ralhava.

A borboleta
Não se importava,
Pois logo de seguida
Fazia-lhe uma careta.

Ela era tão
Boa atleta,
Que conseguia escrever
Com uma caneta.

Camila Neto, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A Casa Abandonada [da Liliana]

Então Maria e Joaquim entraram na casa e ela, assustada, afirmou:
– Va-va-va, vamos já embora! Esta casa é muito aterrorizadora e medonha!
A casa tinha janelas partidas, o chão rangia, estava cheio de pó e pelo chão havia ratos e aranhas. As cadeiras estavam tombadas no chão e os candeeiros balançavam assustadoramente.
– Não vamos embora, temos de encontrar o tesouro. Até foste tu que me disseste para não ter medo – declarou o Joaquim.
Dali a um bocado encontraram um quarto com um buraco no chão e, como não repararam nele, catrapum, pum!
– Socorro, socorro! – gritou a Maria.
– Não te preocupes. Eu estou aqui ao pé de ti, não tenhas medo! – disse o Joaquim, tranquilizando a sua irmã.
Eles foram andando até que encontraram uma velhinha, à beira do baú do tesouro.
– Olha, Maria, o nosso tesouro! Mas quem é aquela senhora? – perguntou o Joaquim, aproximando-se do baú do tesouro a correr.
Quando chegaram lá reparam que a velhinha tinha desaparecido e perceberam que era um fantasma. Abriram o baú e notaram que, lá dentro, havia a fotografia da velhinha fantasma que tinham visto. Junto à fotografia havia uma chave antiga que abriria uma das portas da casa assombrada. Foram então procurar a porta e quando a abriram ficaram boquiabertos.
– Joaquim, olha só a quantidade de moedas de chocolate! – disse a Maria entusiasmadíssima.
Ficaram, então, o resto dia a comer as moedas de chocolate.

Liliana Gavinho, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir de um excerto da obra O Sol e o Menino dos Pés Frios, de Matilde Rosa Araújo]

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A casa abandonada [da Camila]

A Maria e o Joaquim decidiram entrar na casa.
– Credo! Que casa velha! – exclamou Maria. – É tão velha como a nossa avozinha!
– Maria, não fales assim da nossa avozinha! – repreendeu-a o Joaquim.
Andaram, andaram, andaram… até que descobriram um baú.
– Sou eu a primeira! – riu-se a Maria enquanto empurrava o Joaquim.
– Parva! – disse o Joaquim por a Maria o ter aleijado.
Maria chegou lá e tentou abrir o baú. Não estava a conseguir porque era velho e estava enferrujado.
– Bem feito! – afirmou o Joaquim. – Querias ser tão rápida e, afinal, não consegues abrir o baú.
– Ai não, então observa!
De repente conseguiu. No entanto, reparou que só tinha um mapa. Maria perguntou ao Joaquim:
– Mas o que é isto? Para que serve?
– Não sei, mas vamos segui-lo! Ainda por cima é dentro desta casa! – admirou-se Joaquim.
Procuraram. Encontraram várias bonecas tão feias com a noite escura, ouviram vozes e ruídos, até que chegaram ao local.
– Cá está, encontrámos outro baú. O tesouro deve estar aqui. Acho que estou a tremer que nem varas verdes! Tenho muito medo!
– Tens razão! Eu estou a sentir-te a tremer! – gozou Joaquim com Maria.
– Deixa de ser parvo! Vamos é abrir este baú.
– Se acontecer alguma coisa de mal – suspirou o Joaquim –, eu só te quero dizer que gosto muito de ti!
– Deixa-te disso. O que é que poderia acontecer de mal? Abrimos aos três! – sugeriu a Maria. – Um, dois, três! Ahhhhhhhhhhhhhh!!!!
Dentro do baú havia ossos de pessoas mortas. Joaquim e Maria fugiram a sete pés, como se não houvesse amanhã.
A partir desse dia nunca mais meteram o bedelho onde não eram chamados.

Camila Neto, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir de um excerto da obra O Sol e o Menino dos Pés Frios, de Matilde Rosa Araújo]

A casa abandonada [da Inês Lomba]

Chegou a noite. Chovia, chovia, chovia, parecia que as nuvens estavam a chorar. Os dois irmãos tinham de se abrigar, e foram abrigar-se na casa abandonada.
Bateram à porta, mas ninguém respondia. Decidiram então abrir a porta e esta, ao abrir, guinchava ruidosamente, porque estava muito velha.
Eles entraram. Sem mais nem menos, dentro da casa, os meninos ouviram um som que lhes pareceu um grito.
– Que grito foi este? – perguntou a Maria.
– Não sei! Vamos ver! – sugeriu o Joaquim.
– Ver, ver, ver… como ver?! – disse a Maria apavorada.
– Vamos ver quem é! – insistiu o Joaquim.
Subiram as escadas velhas e foram ver lá em cima o que era. Qual não foi o seu espanto, quando viram uma sombra suspeita e foram atrás dela. Desataram a correr e… Catrapum! Caíram num buraco mesmo no chão da casa.
O que aconteceu? – questionou a Maria assustada.
Caímos! Olha um portão! Vamos entrar!
As duas crianças entraram. Havia um túnel e eles percorreram-no. Viram uma coisa ao longe e aproximaram-se! Espantaram-se, porque viram um baú!
Será o baú do tesouro? perguntou a Maria entusiasmada.
Vamos abrir e ver o que tem dentro – propôs o Joaquim.
Abriram-no. Era o tesouro, mas um tesouro especial: muitos pares de sapatos e algumas peças de roupa. Não era bem o que estavam à espera, mas não se importaram. Ficaram tão felizes por terem encontrado o tesouro que se esqueceram da sombra e do grito.
Sabem, o grito era a chuva a cair em cima do baú do tesouro e a sombra era a luz que entrava pelo buraco e que desaparecia sempre que as nuvens tapavam a lua. E aquela foi a melhor aventura que eles viveram em toda as suas vidas.
Foram então para casa, contar a aventura aos seus pais. Como estavam tão felizes nem ouviram o que os pais lhes disseram.

Inês Lomba, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir de um excerto da obra O Sol e o Menino dos Pés Frios, de Matilde Rosa Araújo]

quinta-feira, 12 de abril de 2012

A casa abandonada [da Mariana]

A Maria e o Joaquim tinham, por fim, chegado à casa abandonada.
Ela era grande. Os meninos entraram, mas logo se depararam com uma cortina, em frente à porta, feita de teias de aranha.
A porta rangia de uma forma esquisita, como hhhrrr, e os irmãos saltaram de medo.
– Joaquim, olha! – dizia a Maria. – São escadas. Vamos subir. De certeza que o tesouro está lá em cima!
– Ok! Vamos lá, maninha – disse o Joaquim enquanto pensava como seria bom ser rico. Imaginava-se com um castelo enorme e com um carro descapotável rodeado de raparigas giras!
– Joaquim, anda! Vens ou não? – perguntou a irmã.
Acabaram de subir as escadas quando viram um quarto e, curiosos, foram espreitar.
– Maria, encontrámos o tesouro! – exclamou o Joaquim.
– É ele, existe mesmo! Parece uma toalha dourada! – apreciou a Maria.
Os dois meninos ganharam forças e levaram o tesouro para casa.
Os pais ficaram de boca aberta com todo aquele ouro e jóias. Ao princípio acharam absurdo o sonho do Joaquim, mas depois deixaram-no com alguma fortuna. Por outro lado, os pais usaram o dinheiro para remodelar a casa e comprar roupas, calçado, brincos, anéis e pulseiras, tudo novo. Daí em diante esta família não passou nunca mais nenhuma situação de dificuldade financeira.

Mariana Sousa, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir de um excerto da obra O Sol e o Menino dos Pés Frios, de Matilde Rosa Araújo]

A casa abandonada [do João Paulo]

No dia seguinte, o Joaquim e a Maria voltaram à casa abandonada. O Joaquim, que era muito valente, abriu a porta e viu a casa toda coberta de papel. A Maria disse:
– Devem estar em mudanças.
– Concordo contigo – respondeu o Joaquim.
Foram sempre em frente e foram dar a um quarto que estava cheio de coisas de bruxaria. Mexeram num daqueles objetos e abriu-se uma porta, que dava para uma escada, por onde eles desceram.
O Joaquim e a Maria estavam pouco agasalhados. De repente levantou-se um vento estranho e o ar ficou manchado com uma cor muito forte e esquisita. A uma certa altura o vento parou e eles viram, ao longe, um salão onde estava uma bruxa.
Os dois irmãos desataram a correr e caíram numa armadilha daquela bruxa. Quando os dois olharam para a bruxa viram que era velha e que estava cheia de verrugas.
Felizmente, também vivia lá um esquilo que acabou por salvar o Joaquim e a Maria. Eles aproveitaram e fugiram a sete pés.
E a partir daí nunca mais foram àquela casa abandonada, nem nunca mais quiseram saber do tesouro.
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João Paulo, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir de um excerto da obra O Sol e o Menino dos Pés Frios, de Matilde Rosa Araújo]