Palavras com Sabor

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Na esperança de que volte

Certo dia, como era hábito, o pescador foi à praia, na esperança de que a sereia voltasse. A dada altura, começou a reparar na enorme beleza que o rodeava.
A areia, que era fina e reluzente como as escamas da sereia.
O mar, que com as ondas lhe trazia saudades do dia em que conhecera a sereia.
O vento, que consigo levava memórias de outrora.
Chegou ao fim o dia e o pescador voltou para o conforto do seu lar, perto dos seus irmãos, com mais angústia que no dia anterior.

Oriana, 6.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Mais um dia infeliz

Mais um dia na praia onde conheci a sereia, à espera de que ela volte, mas cada vez perco mais a esperança… Sentado na areia áspera, olho para a rocha sobre o escuro e triste mar, que me recorda do dia em que a conheci.
Cada vez que me lembro, é como se me espetassem uma faca no meu coração já destruído, ao mesmo tempo que as ondas explodem nas rochas, o vento gelado ruge com força e a minha cabeça enlouquece com o ribombar de memórias que me doem cada vez mais.
Aguardo pela bela sereia, sentado na praia, num dia negro, em que a minha vida já não tem sentido, não sei se vale a pena aguentar a agonia… Este é o meu sofrimento.
Agora, o mundo escurece à minha volta, o mar bombeia contra as rochas, o vento frio bufa, e eu só quero ver a minha amiga mais uma vez nesta infeliz praia.

Emanuel Vasconcelos, 6.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

terça-feira, 21 de maio de 2013

Um lugar para sempre

O pescador estava sentado numa rocha dura e espessa. Estava imenso vento, mas não conseguia levar a tristeza do pescador, que era profunda.
O mar tentava animá-lo, atirando-lhe os salpicos das ondas à cara, mas a sua tristeza era mais poderosa do que toda a alegria que o mar conseguia transmitir. O céu era de um azul intenso e as várias formas das nuvens faziam-no lembrar-se da sua bela sereia, o que o deixava ainda mais triste.
O pescador, ao levantar-se para se ir embora, afundou os pés na areia, que estava coberta pelo mar. Parecia que aquele lugar não queria que ele partisse…

Mariana, 6.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

Um dia de desilusão

Num dia de tempestade, o pescador foi para a praia, desesperado, esperando por um sinal da sereia que lhe tinha roubado o coração.
A areia estava molhada, o que despertou no pescador a lembrança da textura da cauda da sereia, o mar encontrava-se bravo, tal como no dia em que ele a descobrira, e o vento soprava forte. À sua direita, um caranguejo-eremita escondia-se na sua própria carapaça. À sua esquerda, uma rocha cinzenta, como as nuvens daquele dia, cheia de mexilhões, que se parecia com um peixe. Sem sinal da sereia, o pescador regressou para casa, destroçado com o que lhe acontecera outra vez.
 
Gonçalo Coelho, 6.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

O pescador

Lá ia o pescador à praia para ver se a sereia voltava. Ele esperava horas e horas para ver se ela aparecia, mas nada… Sentia que nunca mais a iria ver. À sua volta existia areia, caranguejos, rochas e gaivotas. Ele sentia-se sozinho sem a companhia da sereia; o mar até o fazia sentir bem, mas quando olhava e não via a sua amada partia-se-lhe o coração. A areia fazia-o lembrar-se de quando era pequeno e ia à praia com os seus pais. E o vento, ah, o vento não o fazia sentir nada… Naquele momento, sentia apenas que a sua vida tinha chegado ao fim!
 
Miguel, 6.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]

A tristeza do pescador

O pescador estava sentado numa rocha, rodeado de areia fina e amarela, com muitas conchas partidas e pedras pequenas. O som das ondas do mar a bater levemente na areia parecia que lhe queria dizer alguma coisa. As ondas azuis e pequenas, com aquela espuma branca, convidavam-no a ir dar um mergulho, mas ele não podia, pois estava à espera da sereia. O pescador, triste por não estar com a linda sereia, parecia um monstro, com os ombros em baixo e olhos inchados, sem força… nada o fazia ficar alegre, a não ser a lindíssima sereia.
Se tivesse dado mais atenção à sereia e não às riquezas que ela lhe trazia, talvez pudesse estar com ela, neste momento, e não sozinho e triste…
Bárbara, 6.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora) [criação original a partir das Lendas do Mar, de José Jorge Letria]