Ténis Desumano

Lá estou eu, em casa, com o meu melhor amigo, a mandar currículos para a Apple, para todos os blocos, para ver se a universidade compensa. E compensou, de facto. Como a minha família ficou orgulhosa, mudou-se comigo para Lisboa e está a viver no apartamento ao lado. 
Nessa altura ninguém me conhecia, mas ficaram a conhecer-
-me mundialmente porque… criei o melhor jogo de sempre. 
Consegui ficar na Apple a inventar… Primeiro tentei desenvolver robôs que se controlavam através de um computador, chamados Computar Droides, mas não correu bem, porque me esqueci de incorporar um chip de memória. O problema é que eles aprendiam um movimento e depois acabavam por se esquecer. Felizmente, à segunda, tudo correu melhor.
No início, eu não sabia em que aplicar isso. Depois pensei fazer um jogo, o Computar Ténis Droid. Acabei por perceber que era melhor se houvesse um comando próprio que se ligava ao computador e ao droid por uma rede privada. E, mais uma vez, correu bem. Agora tinha de criar o estádio, um estádio normal, coberto de vidro antibala, que tinha duas cabines interiores completamente apetrechadas. Para terminar só era preciso o comando e o droid.
Mais tarde houve torneios, e tornei-me tão famoso por esse feito que me tornei diretor da Isnmaticgames, uma empresa que eu próprio criei.
Comprei uma casa, tive uma família com dois filhos maravilhosos e uma bonita mulher, e nos tempos livres comecei a jogar ténis, com a esperança de que os meus filhos tivessem um bom futuro.

Gonçalo Coelho, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

Um dia especial

Hoje, está um dia
BOM.

As flores cantam,

Os pássaros chilreiam bem lá no alto,
E até as minhocas falam.

Hoje o dia está bom,

Pois toda a gente está contente,
Por estar calor e estarmos de férias.

O Carnaval foi bom,

Mas agora ele é passado,
Pois temos de pensar,
Que os coelhos vêm aí a saltitar.

Fiquem contentes,

Pois pode não haver outro dia como este!

Fiquem alegres,

E nunca desanimem.

Camila Neto, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

11/2 - Dia Europeu do 112

Lembram-se do dia 29 de Fevereiro de 2008?
Certamente já não se recordam! Pois bem, nesse dia, os Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora vieram até à nossa escola (E.B. de V.P. Âncora) para nos mostrarem o tipo de trabalho que fazem no seu dia-a-dia, em regime de voluntariado (sem receberem nada em troca pelos serviços que prestam à comunidade), sob o lema "Vida por Vida". Expuseram e demonstraram o funcionamento de grande parte do material que usam e ensinaram-nos (através de pequenos filmes e de informações que foram prestadas por bombeiros e por um enfermeiro técnico do INEM) como devemos atuar em caso de catástrofe natural (sismo) e de vários tipos de acidentes (quedas, queimaduras e doenças súbitas), bem como sobre o funcionamento do número europeu de emergência 112 (que é gratuito em toda a Europa).
Foi muito interessante e proveitoso para os alunos e professores. Os bombeiros e o enfermeiro técnico do INEM foram muito atenciosos e estiveram de parabéns; foram muito organizados, pois, em apenas uma manhã, conseguiram mostrar tudo às turmas todas do 1.º e do 2.º Ciclos e ainda houve tempo para os alunos tirarem dúvidas e experimentarem por si, com o auxílio dos bombeiros, o manuseamento das mangueiras e das agulhetas usadas no combate aos incêndios quer florestais quer urbanos.
Esta ação, organizada pela Associação Humanitária dos Bombeiros Ancorenses, fazia parte das comemorações do Dia Internacional da Proteção Civil (1 de Março), à qual se seguiu outra, em Abril, que consistiu numa exposição interativa onde participaram todas as entidades intervenientes na Proteção Civil (Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, Bombeiros Voluntários, Bombeiros Profissionais, Sapadores Florestais, Instituto Nacional de Emergência Médica, Cruz Vermelha e Instituto de Socorros a Náufragos), que expuseram os seus materiais e as suas viaturas pelo espaço de recreio da escola.
Continuando a refrescar a memória dos mais esquecidos, e para terminar, a 11 de Fevereiro comemora-se o Dia Europeu do 112 – os três dígitos que podem salvar vidas e bens –, pelo qual temos de ter muito respeito, e que só devemos utilizar em caso de doença súbita, acidente (rodoviário, de trabalho, ou outros), atropelamento, queda, queimadura grave, intoxicação, afogamento incêndio, etc., pois há muitas crianças e jovens que brincam simulando situações de emergência falsas. Quando isto acontece, estão a ser ocupados meios de socorro que podem estar a ser necessários numa verdadeira situação de urgência, na qual até pode estar em causa a vida de uma pessoa. Há situações de emergência onde um único segundo pode fazer a diferença entre a vida e a morte.
Se marcarmos 112 por engano, não devemos desligar, informamos quem nos atender que ligámos por engano e que está tudo bem.
Num caso de emergência, se depois de ligarmos 112, formos entretanto transportados por outro meio antes de chegar o socorro que nos foi enviado, devemos informar de imediato o 112, para evitar que os meios de socorro que entretanto se dirigem para o local estejam a ser ocupados em vão.
O 112 é para salvar e não para brincar!
Se quiserem saber mais consultem:
http://www.slideshare.net/tcosta/dia-europeu-do-112

http://www.inem.pt/inemkids/

Emanuel Vasconcelos, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

Uma passagem da minha vida…

Aqui estou eu, Camila, com os meus 26 anos. Acabei de tirar o curso de Pediatra e estou à espera de uma menina.
Vivo só com o meu marido, pois como os meus pais têm medo de andar de avião nunca vêm cá.
Gosto muito de viver em Oxford porque tem paisagens lindas, onde posso tirar imensas fotografias. Nos tempos livres dedico-me muito, mas mesmo muito à fotografia.
Como fui a única da minha turma a escolher este curso tive de vir sozinha para Inglaterra. Tive de fazer novas amizades e descobrir várias pessoas, o que foi ótimo. Conheci o meu marido cá. Eu e ele andávamos juntos na escola. Também conheci três raparigas e neste momento somos grandes amigas. Elas também são obcecadas por fotografia e, por isso, nos tempos livres vamos sempre para a praia tirar fotos (vamos para a praia porque adoramos ouvir as ondas do mar a bater nas rochas, ver o pôr do sol e os surfistas nas suas ondas gigantes).

Daqui a algum tempo terei de ir para Portugal, porque vou ter a minha filha, Maira. Vai ser difícil separar-me de Oxford, porque aqui fiz muitos amigos e aprendi muitas coisas.

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*     *

Esse momento chegou, tive de me ir despedir de todos os meus amigos e das minhas amigas. Foi terrível ter de me separar desta terra linda.
Quando aterrei tive de ir de imediato para o hospital mais próximo, que, por coincidência, era o Hospital de S. João, no Porto, onde eu nasci.
Foi muito interessante, pois encontrei o médico que tinha assistido ao meu nascimento, e ele próprio ajudou no nascimento da minha menina, a Maira.
Depois de muito pensar, decidi ficar por Portugal e comecei a enviar o meu “Curriculum Vitae” para vários hospitais, à procura de emprego.
Pensei que ia ser difícil, mas não foi, consegui logo arranjar trabalho num hospital particular em Lisboa.
Adoraria viver até aos meus cento e três anos, mas o que eu mais quero é viver sempre com saúde, em família, e ser feliz.

Camila Neto, 5º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)