Palavras com Sabor

domingo, 10 de junho de 2012

O Finoscórnio

Certo dia, encontrei numa floresta o meu herói a lutar com um Ogre. O meu herói chamava-se Finoscórnio, era valente, inteligente e foi muito importante para a História de Portugal e para os Descobrimentos. Era uma das poucas pessoas que lutava com quem quer que fosse só para salvar alguém. Era admirado especialmente pelo povo de um país que foi muitas vezes salvo por ele, a Holanda.
Em todas as guerras ele montava o seu cavalo chamado Unicórnio. O Unicórnio era um cavalo com um chifre, que era falado nos livros da mitologia e que tinha o poder de proteger o homem contra o pior veneno. O meu herói adorava tanto, mas tanto montar nele que já nem se lembrava quantas vezes o fizera…
Um dia, Finoscórnio foi chamado para ir combater um grande monstro na Alemanha.
De pronto montou no seu unicórnio e, como sempre, dirigiu-se ao local da batalha. Demorou quatro semanas, mas, por fim, chegou ao seu destino.
Foi falar com o Chanceler, que era quem governava a Alemanha, e ele disse-lhe que lhe daria uma recompensa se Finoscórnio conseguisse derrotar o grande monstro que aterrorizava toda a Alemanha.
Quando Finoscórnio chegou ao lugar onde ia decorrer a grande batalha, ele viu que o monstro era diferente de todos aqueles que antes enfrentara. O monstro era feio e feroz, tinha um nariz maior que o chifre do Unicórnio, tinha uma boca igual à de uma formiga, uns olhos que pareciam de bruxa, uma verruga no seu gigantesco nariz e parecia estranhamente amaldiçoado.
Finoscórnio, quando viu tal monstro, pediu a Deus que o ajudasse naquela horrível e aterrorizante batalha. Para ele, aquela seria pior que a Batalha de Aljubarrota.
Então o meu herói preparou-se para a batalha: desembainhou a espada, colocou o seu capacete de ouro e foi em frente. Pela primeira vez o meu herói estava com um bocado de medo, mas não o queria admitir. Ao ver o monstro avançar na sua direção Finoscórnio cerrou os olhos e disse subitamente:
– Vais morrer!
Finoscórnio só dissera aquilo para se encorajar, como se se quisesse convencer de que iria mesmo matar aquela criatura, mas quando o monstro ouviu estas palavras ficou com tanto medo que fugiu a sete pés, sem dar luta, e nunca mais regressou àquele reino. Finoscórnio não percebeu muito bem o que acontecera, pois estava com os olhos fechados quando o monstro fugiu.
Dirigiu-se, então, ao Chanceler para pedir a prometida recompensa. A recompensa era um cavalo que pertencera a um valente homem que tinha vivido muitos séculos antes, o grande conquistador D. Pedro.
Finoscórnio recusou a oferta e disse que não queria nenhum cavalo a não ser o que ele já tinha.
Satisfeito pelo trabalho que realizara, voltou a sua casa, pensando em como era um verdadeiro herói, mesmo tendo tido medo do monstro. Mas isso era um pormenor que ninguém sabia…

Inês Lomba, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

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